Pastoral do Cego

Histórico

No dia 19 de setembro de 2015, na Comunidade da Congregação de Nossa Senhora da Glória – Sodalício da Sacra Família, situada à Rua Alzira Brandão, 281 – Tijuca – foi fundada a Pastoral do Cego. A Celebração da Eucaristia foi o ponto alto da fundação. Presidida pelo Padre Renato Cesar dos Santos (Casa do Padre) e concelebrada pelo Diácono Permanente José Ferreira Conceição, assessor eclesiástico da Pastoral da PASPED. Após Missa, houve a apresentação do coral das internas moças cegas da Instituição e posse das coordenadoras da Pastoral: Sra. Antonia de Maria Luiza e Débora Rodrigues, ambas cegas. A Pastoral do Cego está plenamente e intrinsicamente ligada à Pastoral da Pessoa com Deficiência de nossa Arquidiocese. De modo particular, os cegos do Rio de Janeiro tiveram há décadas seus espaços acadêmicos garantidos. Destaca-se o Instituto Benjamin Constant, situado no bairro da Urca, onde até hoje é referência nacional. Outro organismo católico é da Congregação das Irmãs de Nossa Senhora da Glória (Sodalício da Sacra Família) com Casas nos bairros da Tijuca e Jacarepaguá, onde é desenvolvido um trabalho de acolhimento às mulheres jovens e adultas visando promoção humana no mundo do trabalho e da educação. Uma personalidade que não podemos esquecer em nossa Arquidiocese é do Frei Anselmo Fracasso, OFM, sacerdote cego, escritor e atuante na Rádio Catedral. Frei Anselmo exerceu a função de assistente eclesiástico no IBC (Instituto Benjamin Constant) com os alunos cegos.

Objetivos

O objetivo principal é evangelizar todas as pessoas com algum tipo de deficiência visual e propiciar sempre o espaço eclesial à elas, buscando sempre o protagonismo e a liderança em diversos serviços ou ministérios.

Fundamentação Bíblica

“Depois, foram para Jericó. E, saindo ele de Jericó com seus discípulos e uma grande multidão, Bartimeu, o cego, filho de Timeu, estava assentado junto do caminho, mendigando. E, ouvindo que era Jesus de Nazaré, começou a clamar, e a dizer: Jesus, filho de Davi, tem misericórdia de mim. E muitos o repreendiam, para que se calasse; mas ele clamava cada vez mais: Filho de Davi, misericórdia de mim. E, Jesus, parando, disse que o chamassem; e chamaram o cego, dizendo-lhe: Tem bom ânimo; levanta-te, que ele te chama. E ele, lançando de si a sua capa, levantou-se, e foi ter com Jesus. E Jesus, falando, disse-lhe: Que queres que te faça? E o cego lhe disse: Mestre, que eu tenha vista. E Jesus lhe disse: Vai, a tua fé te salvou. E logo viu, e seguiu a Jesus pelo caminho”. (Mc 10,46-52)

O cego, filho de Timeu, apresentado no Evangelho de Marcos, busca Jesus, a partir de sua consciência de estar vivendo fora do Caminho. Ele deseja e entra em diálogo com o Senhor Jesus. Um diálogo dinâmico, confiante e corajoso. O cego de Bartimeu obedece às palavras do Mestre. O cego reconhece o senhorio de Jesus e sabe que é Misericordioso. Muitos desejam que o cego permaneça calado, em casa, em sua vila, em seu apartamento, fora do caminho, em sua redoma, encastelado. Contudo, Jesus chama o cego Bartimeu para andar, entrar no Caminho, estar com Ele, pois Jesus é o próprio Caminho. O cego necessita da comunidade, necessita de conviver com outros. É um amigo que recebe as ordens de Jesus para chamar o cego e leva-lo até Ele. Jesus, pergunte de forma simples e delicada, podemos de dizer de forma educada: “Que queres eu te faça”. Jesus quer saber o que vem do coração do cego Bartimeu. Não vai curando ou impondo regras ou mandamentos. Jesus cura e o faz entrar para o Caminho, de forma livre, sem imposição, apresenta-lhe a proposta de uma adesão ao projeto de vida que liberta e cura. O cego entra na Comunidade, faz parte dos seguidores de Jesus.

Ação Pastoral

Reuniões Mensais: sábados 10h – datas a marcar

Sodalício da Sacra Família
Rua Alzira Brandão, 281 – Tijuca, Rio de Janeiro
Tel. (21) 2569 3572
Coordenadora Arquidiocesana: Antônia de Maria Luiza